Diabetes não tratada pode causar a retinopatia diabética e levar à cegueira, diz médico especialista
O
Brasil é o 5º país no mundo com a maior população diabética. Hoje, são mais de
16 milhões de brasileiros e de acordo com o Atlas do Diabetes da Federação
Internacional de Diabetes (IDF), esse número pode chegar a 21,5 milhões de
pessoas em 2030.
O diabetes é uma síndrome metabólica, cujo o corpo
não produz insulina - hormônio produzido pelo pâncreas e responsável pelo
metabolismo da glicose - ou não consegue utilizar adequadamente a que produz.
Uma das doenças oculares relacionadas à diabetes é
a retinopatia diabética, que atinge a retina - área dos olhos onde se formam as
imagens antes de serem enviadas ao cérebro. Por isso, o oftalmologista Fernando
Naves, do Hospital Santa Casa de Mauá, alerta que a doença pode levar à
cegueira irreversível, inclusive de ambos os olhos. “Os diabéticos precisam
cumprir o tratamento à risca, pois a possibilidade de perder a visão é muito
maior do que as pessoas que não possuem a doença”, orienta.
Para tornar urgente as medidas de conscientização
e prevenção da doença, no próximo dia 25 de novembro, o Conselho Brasileiro de
Oftalmologia (CBO) promoverá a campanha 24h pelo Diabetes, uma mobilização
multidisciplinar on-line, que reunirá as sociedades de especialidades,
entidades de saúde e profissionais de diferentes áreas em prol da saúde
coletiva. Mais informações podem ser obtidas em 24hpelodiabetes.com.br.
Existem duas formas da doença e uma delas é a
retinopatia diabética não proliferativa - primeiro nível da doença, a qual
causa hemorragia e vazamento de líquido na retina. O outro tipo é a retinopatia
diabética proliferativa, quando as chances da perda de visão são grandes e
provocam a formação de vasos anormais com sangramento e o descolamento da
retina.
No estágio inicial, a retinopatia diabética não
apresenta sintomas e, por essa razão, as visitas ao especialista são
extremamente importantes. Com o tempo, o paciente passa a ter visão borrada,
fotofobia, distorção das imagens, manchas ou pontos na visão, dificuldade na
visão noturna e perda progressiva da visão.
O diagnóstico é comprovado por meio de exame
clínico, da angiografia por fluoresceína, por tomografia de coerência óptica e
por exame de fundo de olho.
Os cuidados com o diabetes são primordiais para o
sucesso do tratamento, o qual tem a finalidade de retardar a sua evolução e
dependerá do estágio da doença. O especialista poderá recomendar medicação
anti-inflamatória, fotocoagulação - aplicação de laser, injeções intra-vítreas,
terapia anti-VEGF ou as cirurgias de vitrectomia.
“Assim como em todo controle e prevenção de
doenças, na retinopatia diabética é importante ter hábitos saudáveis, praticar
exercícios, ter boa alimentação e melhorar os níveis glicêmicos”, orienta o
oftalmologista Fernando Naves.
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